
A evolução da segurança eletrônica é um reflexo direto da transformação digital em curso nas empresas, cidades e residências. Com a popularização da inteligência artificial, da Internet das Coisas (IoT) e da análise de dados em tempo real, os projetos deixaram de ser apenas sistemas de alarme e monitoramento para se tornarem plataformas integradas de vigilância preditiva.
Hoje, soluções como videomonitoramento inteligente, reconhecimento facial, cercas virtuais e controle de acesso automatizado compõem os chamados sistemas de segurança 360°, capazes de antecipar riscos e responder com agilidade. No entanto, a sofisticação dessas tecnologias torna-se vulnerável diante de um fator muitas vezes negligenciado: a instabilidade da rede elétrica.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), os brasileiros ficaram, em média, 10,24 horas sem energia elétrica em 2024, com quedas mais frequentes em áreas urbanas e periféricas. Em instalações críticas, como centros de dados, prédios corporativos ou condomínios inteligentes, esse tempo é suficiente para causar falhas em sistemas de gravação, perda de sinal em câmeras e interrupção de serviços de segurança.
“Sem uma infraestrutura energética confiável, todos os investimentos em segurança inteligente ficam comprometidos. Basta uma oscilação ou queda de energia para comprometer o funcionamento de câmeras, sensores e servidores inteiros”, alerta Jamil Mouallem, engenheiro elétrico e sócio-diretor comercial e de marketing da TS Shara.
Enquanto isso, o setor de segurança eletrônica segue em expansão. De acordo com a Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), o mercado brasileiro movimentou mais de R$ 14 bilhões em 2024, impulsionado pela alta demanda por automação e proteção inteligente. Mas o crescimento expõe também um novo desafio: garantir que os dados e os dispositivos estejam continuamente protegidos, inclusive da própria infraestrutura elétrica.
Nobreaks: proteção ativa para um sistema que não pode parar
Equipamentos como nobreaks têm ganhado protagonismo como soluções estratégicas dentro desse novo ecossistema. Mais do que manter os sistemas ligados em caso de queda de energia, os nobreaks atuam preventivamente contra picos de tensão, variações e distúrbios elétricos que podem comprometer equipamentos sensíveis e causar falhas silenciosas, que só se revelam quando é tarde demais.
“Os nobreaks precisam ser pensados como parte estrutural do projeto. Eles são como o seguro de vida da segurança eletrônica: ninguém quer usar, mas quando precisa, são essenciais”, compara Jamil Mouallem.
Além disso, os modelos mais modernos trazem funcionalidades como:
- Monitoramento remoto via IoT, com alertas de falhas;
- Diagnóstico preditivo de bateria, evitando panes inesperadas;
- Integração com sistemas de gestão predial e de segurança.
Os prejuízos causados por falhas ou interrupções no fornecimento de energia podem ser elevados e críticos, especialmente quando afetam a operação de monitoramento. Em situações como essas, todo o sistema de vigilância fica vulnerável, literalmente às escuras. Além disso, dispositivos essenciais como DVRs, câmeras, fontes de alimentação e HDs de armazenamento ficam expostos a riscos causados por variações na rede elétrica, o que pode resultar em perdas irreversíveis de dados e danos físicos aos equipamentos.
Na prática, proteger um sistema 360° vai muito além de escolher câmeras e sensores. É preciso estruturar uma base energética sólida, confiável e inteligente. Para ajudar empresas, integradores e gestores de segurança a evitarem erros comuns, Jamil Mouallem lista as principais recomendações que devem ser consideradas em qualquer projeto moderno de segurança eletrônica:
- Planejar a proteção elétrica desde o início do projeto:
Muitos erros surgem quando o nobreak entra na última etapa. O correto é pensar nele desde o início, junto com o dimensionamento da carga e a definição dos pontos críticos. - Escolher nobreaks compatíveis com a carga total do sistema:
O erro mais comum é subdimensionar a capacidade do nobreak. Ele precisa suportar a carga total dos equipamentos ligados e ainda oferecer autonomia suficiente para que o sistema reaja sem interrupções. - Realizar manutenção preventiva e testes regulares:
Baterias antigas, cabos mal conectados ou falhas ocultas podem comprometer tudo. A manutenção preventiva é tão importante quanto a instalação. - Segregar os equipamentos por criticidade:
Câmeras de perímetro, servidores de gravação e sistemas de resposta precisam estar em linhas protegidas. Já itens de menor impacto podem ter proteção mais simples, desde que bem definida. - Adotar tecnologias de monitoramento inteligente:
Os nobreaks modernos entregam informações em tempo real sobre desempenho, consumo, falhas e até alertas preventivos. Isso dá mais controle e capacidade de resposta à equipe de TI ou segurança.
Tendência: a convergência entre segurança, energia e automação
A próxima fronteira da segurança eletrônica está na integração entre sistemas de proteção, infraestrutura energética e plataformas de automação inteligente. Com o avanço das cidades conectadas, dos edifícios sustentáveis e da digitalização industrial, a segurança será cada vez mais dependente de uma base energética resiliente e inteligente.
“A inteligência energética vai ser o diferencial dos projetos de segurança daqui para frente. Não basta apenas ter tecnologia de ponta. Ela precisa estar protegida e disponível o tempo todo”, afirma Mouallem.
Isso significa que os nobreaks deixarão de ser vistos apenas como respaldo emergencial para se tornarem elementos ativos da arquitetura digital. A tendência é que esses dispositivos se conectem com sistemas preditivos, participem da análise de risco em tempo real e ajudem a compor um ecossistema de segurança responsivo, autônomo e altamente disponível.
Fonte – Jamil Mouallem
Jamil Mouallem é sócio-diretor da TS Shara, fabricante 100% nacional de nobreaks, estabilizadores de tensão, filtros de linha, autotransformadores e protetores de rede inteligentes. Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade FESP (Faculdade de Engenharia de São Paulo) e pós-graduado em Administração Industrial pela USP, Jamil possui mais de 30 anos de experiência profissional, com passagem pela empresa de microcomputadores Microtec e pela Mainframes Burroughs, empresa americana.
Perfil – TS Shara
Com mais de 30 anos de atuação, a TS Shara é uma empresa nacional, e uma das líderes de mercado, fabricante. No segmento de baixa e média potência, é hoje uma das maiores e mais produtivas empresas no mercado brasileiro de equipamentos de proteção e energia, oferecendo uma linha completa de produtos que somam mais de 250 itens para atender o mercado SOHO.
Com fábrica em São Paulo, a empresa está presente em todo o país por meio de 250 unidades de assistência técnica, além de revendedores e distribuidores que juntos totalizam mais de 380 canais, além de exportar para mais de 15 países.
Todos os produtos fabricados pela TS Shara passam por um rigoroso controle de qualidade. A TS Shara possui ainda importantes reconhecimentos, entre eles, o Certificado de Qualidade de acordo com a norma ISO 9001, que a empresa mantém há mais de vinte anos.